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Equipamentos de tecnologias distintas têm vantagens e desvantagens: um é mais eficiente, o outro custa menos para manter. Descubra se vale a pena trocar.

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Você comprou um Chevrolet Onix, por exemplo, e gostaria que ele tivesse freio a disco nas quatro rodas. A maioria dos carros possui o sistema apenas nas rodas dianteiras, já que elas são responsáveis por 70% da força de frenagem de um carro. Será que é possível comprar um kit, com discos e pinças e fazer a instalação? Conversamos com dois especialistas para descobrir.

A resposta é sim. É possível trocar os tambores pelos discos, mas não vale a pena: as vantagens são pequenas e os custos são enormes. “Dá para fazer. O custo é proibitivo (risos)”, afirma Francisco Satkunas, engenheiro mecânico e conselheiro da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE).

Comparado ao tambor, o disco é mais eficiente e tem melhor ventilação, ou seja: esquenta menos e por isso funciona melhor, mesmo com mais horas de uso. Mas o tambor dá conta do recado e cumpre muito bem sua função. “Freio a disco nas quatro rodas tem um apelo mercadológico que se assemelha a carros de alta performance. As montadoras viram que para um determinado tipo de cliente era um motivador de compra”, afirma Satkunas.

Mas não acredite que a mudança irá te salvar. “Um carro 1.0 que já passou de 150 km/h, não para nem com tambor, nem com disco numa situação de emergência”, afirma Valter Nishimoto, engenheiro mecânico. De acordo com o especialista, a troca só é indicada em carros preparados para competições e provas de arrancada, por exemplo.

Se mesmo assim você quiser fazer a substituição, saiba que será necessário mudar a tubulação de freio e o sistema de freio de estacionamento, além de comprar pinças e discos. O carro também terá que passar por uma nova calibração e balanceamento. “Eu jamais compraria um carro que alguém se aventurou em colocar discos. Sem contar que você perde a garantia da montadora”, afirma Satkunas.

A calibração é essencial, pois o sistema de freios original é projetado para suportar a distribuição de peso do veículo durante seu uso. Ao modificar as linhas, um novo estudo de transferência de carga é necessário.

Fonte: http://revistaautoesporte.globo.com